Estudo de base populacional avalia a associação entre forâmen oval patente, doença cerebrovascular subclínica e risco de acidente vascular cerebral (AVC)
Patent Foramen Ovale, Subclinical Cerebrovascular Disease and Ischemic Stroke in a Population-Based Cohort. J Am Coll Cardiol 2013; doi: 10.1016/j.jacc.2013.03.064.
A relação entre a presença de forâmen oval patente (FOP) e o risco primário de AVC ou de embolização cerebral silenciosa, na população em geral, não encontra-se bem estabelecida. Neste estudo, 1.100 indivíduos com idade maior de 39 anos, sem história prévia de AVC, foram submetidos a ecocardiograma trans-torácico para diagnóstico de FOP, e acompanhados por 11 anos. Além disso, um subgrupo de 360 participantes foi acompanhado com ressonância magnética cerebral seriada.
A existência de FOP foi encontrada em 164 indivíduos (15%), e, no seguimento de 11±4 anos, ocorreram 111 casos de AVC na amostra total, o que corresponde a 10%. Comparando a ocorrência de AVC entre os grupos, não houve diferenças em relação à presença de FOP ( 9,2% com FOP vs 10,3% sem FOP). A razão de chances para desenvolvimento de AVC, nos casos com forâmen oval patente, foi de 1,10 (95% IC 0,64-1,91). A análise dos casos submetidos a ressonância magnética cerebral não demonstrou risco maior de embolização silenciosa, pela presença de FOP.